A prática do exercício pelo transplantado – Por Fisioterapeuta Lucas Sampaio

Como já é de conhecimento, os benefícios trazidos pela pratica regular de exercícios físicos são imensuráveis à saúde das pessoas mesmo para aquelas que estão em condições especiais de saúde, como os transplantados, tendo em vista o restabelecimento do novo órgão e a busca por uma qualidade de vida.

No entanto, há de se salientar que tais atividades devem ser feitas de forma gradativa com medidas a evitar o “overtraining”, o famoso excesso de treino. Deve-se observar também a resposta cardiovascular do paciente, a oxigenação, e a escala de índice do esforço (escala de Borg), durante todo exercício físico.

Não obstante a todos esses cuidados, é imprescindível o acompanhamento de uma equipe multidisciplinar (médico, fisioterapeuta, educador físico, nutricionista, psicólogo) na concretização das atividades físicas, pois a mesma orquestrará um plano terapêutico próprio e adequado as limitações funcionais de cada paciente, observando as suas particularidades.

Este plano começa a ser desenhado a partir da liberação do cardiologista às práticas de atividades físicas seguida de um teste de esforço físico máximo (ergoespirométrico), o que possibilita ao fisioterapeuta realizar as avaliações das medidas de pressões máximas respiratórias (inspiratória e expiratória) e registro da contração muscular máxima da musculatura esquelética, finalizando com o acompanhamento nutricional, psicológico e do educador físico.

A prática de exercícios físicos feita pelo transplantado é real e necessária, porém ressalta-se que estes devem ser feitos de forma responsável de modo a não prejudicar o novo órgão, bem como a saúde do paciente. O plano terapêutico torna-se o seu principal aliado nessa primazia do trinômio segurança, eficácia e qualidade de vida.

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