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Anjos de Jaleco – Por Gabriela Noronha

 

Algumas pessoas que conviveram comigo, desde quando descobri meu diagnóstico até a realização do transplante, sempre me ouviram mencionar o nome Drº Carlos Dimas. Hoje, comentam comigo a respeito da minha recuperação, como estou bem. Sempre quando acontece esse tipo de abordagem, lembro-me do privilégio de ter um médico que foi um dos grandes aliados para enfrentar todos os desafios que tive que passar. Sem sombra de dúvidas, meu médico, amenizou meu sofrimento pela forma que conduziu meu tratamento.

Já ouvi muitos comentários “o médico não olhou nem pra mim, não gostei do atendimento”. Como é o caso de uma grande amiga, Adriana Lima (33), que está com problema renal em processo para entrar na fila de transplante de rins em Fortaleza. Muitas vezes Adriana ligava-me angustiada porque achava que precisava de um médico que a acolhesse, dando apoio e melhor informações a respeito da sua saúde e do tratamento. Posso dizer que o primeiro contato entre médico e paciente é importantíssimo para a primeira impressão e para que tomemos a decisão de continuar o nosso tratamento ou não voltar mais.

Levei minha amiga até no Drº Carlos Dimas, apesar de ser gastro, que enfatizou que a Adriana precisava encontrar um médico que pudesse acompanhar todo seu tratamento pré e pós transplante. Lembro-me que Adriana mencionou “queria que meu médico fosse assim”. Lembro que logo na anamnese meu médico estava diante de uma paciente que se encontrava cansada e ansiosa por ter procurado diversos profissionais a procura de um diagnóstico. “Drº Dimas acolheu-me, ouvindo e respeitando que aquele momento era tão importante para minha vida.” Uma relação humanizada médico-paciente é construída com base na confiança e responsabilidade de ambos. Tivemos uma longa caminhada juntos, com intercorrências, ansiedades, e muitas conquistas.

Depois de um tempo, minha amiga, encontrou seu médico que irá lhe acompanhar por toda sua trajetória pré e pós transplante. A sua fala agora mudou: “Gabi, fui ao médico, ele foi ótimo, apertou na minha mão, chamou-me pelo nome, conversou comigo e explicou tudo, tirando todas as minhas dúvidas. Estou mais confiante para enfrentar meu problema, porque percebi a atenção que foi dada à minha saúde e à minha qualidade de vida. Com certeza estou cheia esperança e muito confiante com todo meu tratamento pré e pós transplante”.

Assim, podemos demonstrar que a humanização do cuidado médico-paciente é extremamente importante para ambos. Ficamos vulneráveis frente aos momentos de sofrimento, e da melhor maneira o médico quando faz o acolhimento do paciente em todos os aspectos, tanto físico como psicológico, proporcionando a participação ativa com troca de informações gera um comprometimento mútuo que possibilita um cuidado digno de nossa saúde.

ps – na primeira foto Gabi com seu médico Dr. Carlos Dimas; na segunda Dr João Moisés atendendo a amiga Adriana Sousa Lima; e na terceira Gabi e a amiga Adriana com o Dr. João Moisés na consulta em que ela entrou oficialmente na fila do transplante de rim!

Gabriela Noronha – transplantada de fígado e estudante de psicologia.

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