Dia 25 de fevereiro de 2016, foi um dia marcante em minha vida, apesar do estado em que me encontrava! Estava internado já há alguns dias no setor da UCO do Hospital PUC de Campinas, sob os cuidados médicos do Dr. Humberto e equipe. Dr. Gustavo Calado, cardiologista da equipe de Dr. João Bredas da Unifesp e médico na PUC, eram os médicos que estavam cuidando do meu caso.
Meu problema era uma insuficiência cardíaca de nível V (cinco), já a espera de um doador cardíaco, compatível comigo. Após três marca-passos desde 2007, meu coração já estava no limite! Meu problema, era Miocárdio não compactado, uma rara doença hereditária. Meu transplante seria realizado no Hospital de São Paulo, na UNIFESP, capital paulista. Uma ambulância do SAMU me transportou até lá. Meu doador era de Osasco, um jovem de 24 anos. O transplante foi realizado na madrugada do dia 26.
Houve um problema! O tamanho do coração doado e o espaço que ficou no meu peito em função da Insuficiência Cardíaca, fez com que o novo coração se ajustasse, e dessa forma dobrou a veia cava superior e horas depois tive que voltar ao centro cirúrgico para nova cirurgia.
Permaneci uma semana em coma induzido. Após 15 dias na UTI, estive por mais 30 dias em recuperação na enfermaria só para transplantados.
Agora, após 3 anos, estou perfeitamente bem, realizo atividades físicas três vezes por semana: bicicleta
ergométrica e elíptico que é um aparelhos aeróbico para trabalhar a massa muscular.
Posso afirmar com certeza que estou como há 10 anos atrás, e minha vida mudou muito, graças a Deus, meus familiares, amigos e principalmente um gesto humanitário de um doador e seus familiares.
Fui doador de sangue por muitos anos e serei doador de órgãos, se assim for necessário.
Tenho 74 anos, e está é um pouco de minha história!
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