Foram quase 12 anos de cuidados com uma doença crônica e com todo mal que ela havia causado ao meu coração.
![](https://i0.wp.com/www.soudoador.org/wp-content/uploads/2022/01/img_1676.jpg?resize=984%2C984&ssl=1)
Medicamentos (muitos medicamentos), procedimentos hemodinâmicos, aposentadoria, cirurgias, cheguei até ser objeto de pesquisa científica. Precisavam saber como, com tão pouca idade, eu já apresentava sintomas que eram muito graves para a doença de chagas.
Mas preciso dizer uma coisa para vocês: sempre fui forte e nunca permiti que tudo isso tirasse meu chão, muito pelo contrário, lidava com a situação com leveza e, principalmente, gratidão.
Gratidão pelos momentos vividos naquela fase de minha vida, por viver mais dias com minha mãe e ter podido assistir de perto o crescimento do meu filho, na época, com 2 aninhos de idade, hoje um rapaz de 19 anos e lindo por dentro e por fora!
Gratidão até mesmo pelas dores que me fizeram crescer espiritualmente, aproximando-me ainda mais de Deus e pelas conquistas obtidas no caminho com os tratamentos.
Tudo, absolutamente tudo serviu de aprendizado para eu ser a pessoa que sou hoje.
Mas a maior gratidão veio no dia 27 de outubro de 2015, quando com um quadro gravíssimo de insuficiência cardíaca, fui submetida a um transplante cardíaco.
Quando eu achava que era o fim de tudo, pasmem, a gratidão por cada segundo vivido até aquele momento era constante.
Mas não era o fim e havia um motivo para que não fosse. Sabem qual? O SIM para a doação de órgãos que chegou exatamente 7 dias após eu entrar para a fila de transplante.
Que benção! E como não respirar, falar e viver a gratidão depois de tudo isso que passei?
Gratidão pelo ontem, pelo hoje e pelos dias que ainda virão.
A gratidão é o que move o coração, e um coração grato é um coração feliz.
Meu coração é feliz!
Elaine Gomes é transplantada cardíaca há 6 anos e 2 meses.