Diabética desde os 18 anos, aos 33 recebi o diagnóstico de insuficiência renal crônica e em pouco tempo iniciei a hemodiálise.
Depois do choque inicial, luto e negação, passei a me enxergar como a protagonista do meu tratamento, e decidi fazer o meu melhor enquanto aguardava pelo transplante.
A hemodiálise era a minha possibilidade de vida durante a espera do meu SIM, que veio em setembro de 2020: estava me arrumando para mais uma hemodiálise quando meu telefone tocou!
Eu optei pelo transplante duplo, de rim e pâncreas. Devido a minha doença de base ser o diabetes tipo 1, era a opção mais adequada. Passei apenas 6 meses em fila, e fui transplantada com sucesso após exatos 1 ano e 8 dias de hemodiálise.
A decisão do meu doador e a autorização de sua família me devolveu a plenitude da vida, e eu prometi honrá-los cuidando deste corpo transplantado e transformado pelo amor e generosidade deles.
Hoje faço parte de projetos e eventos como palestrante para que a doação de órgãos seja naturalizada em nossa sociedade e mais pessoas que aguardam em fila possam receber o SIM.
Minha esperança se transformou em gratidão!
Sou Suelen Freire, tenho 36 anos, sou pedagoga e brinquedista.