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MESMO JA TRANSPLANTADA, A LUTA CONTINUA- Por Denise W. Krip

Eu me chamo Denise, e aos 23 anos eu fiz um ultrassom renal a pedido do médico da família porque minha mãe tinha rins policísticos e ele disse que era bom eu saber se tinha porque teria 50 % de chances por ser uma doença hereditária.

Eu tinha. Fiquei controlando os sintomas até os 40 , inclusive, engravidei 2 vezes nesse período. Até que, aos 46 anos, me foi posto a hemodiálise! Saí da consulta arrasada, chorando, mas me dizendo que eu tinha o direito de chorar naquela hora.

No fim, agradeci a Deus, afinal consegui me manter em tratamento conservador por 23 anos me cuidando com restrições e preservar os meus rins o maior tempo antes de ir chegar a hemodiálise.

Meu médico pediu que eu me agilizasse a fim de conseguir o quanto antes para entrar na fila do transplante. Foram 8 meses correndo até que finalizei meus exames. Entrei na lista em junho de 2019.

Passei alguns perrengues na máquina de hemodiálise, como desmaios , muitas câimbras mas sempre me agarrei com Deus para suportar todo o sofrimento porque tenho dois filhos que contavam comigo pois sou separada e só tinham a mim. Tive muito medo de morrer na máquina, mas lutava para me manter bem e resistir até que pudesse ser chamada na lista.

Em janeiro de 2020 eu e mais 4 pessoas fomos chamados a comparecer ao hospital. Éramos todos compatíveis e nesse grupo eu era a número 3 .Por vários motivos, os que estavam a minha frente não puderem ser transplantados. Eu nesta mesma noite fui transplantada!

Hoje faz mais de 2 anos que transplantei ! O transplante garante uma qualidade de vida muito melhor longe da máquina de hemodiálise! Posso viajar e ter folgas para descanso não passando mal durante as sessões de hemodiálise ou fora dela .

Além de recomendar o transplante a todos que conheço, alertando a não desistir dos exames do pré-transplante e entrar na lista e faço sempre minhas próprias campanhas de incentivo a doações de órgãos em meu Instagram e Facebook, porque a luta continua.

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