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DEVAGAR SE VAI LONGE: praticando exercícios com segurança – Por Fisioterapeuta Lucas Sampaio

A ciência tem realçado os inúmeros benefícios dos exercícios físicos em transplantados, pois na medida em que melhoram o condicionamento físico auxiliam na melhor adaptação do órgão novo, favorecendo o breve retorno as atividades de vida diárias.

Ressalta-se que a condição de transplantado, não o torna inapto as práticas de atividades físicas, estas, no entanto terão que ser minimamente supervisionadas nos primeiros meses, pós procedimento cirúrgico, tendo em vista a segura adequação do órgão concomitante a estrutura corporal do indivíduo.

Quando o transplantando decide tornar-se um atleta, vários fatores devem ser levados em consideração: a estrutura corporal, adaptação do novo órgão e fatores cardiológicos limitantes durante as atividades físicas. Iremos falar brevemente neste texto de cada fator.

A estrutura corporal é a que mais sofre, pois durante a espera do novo órgão o corpo humano elabora uma forma de sobrevivência que acaba acelerando a perda da massa muscular, da massa óssea, diminuição da produção de hormônios e dificultando a absorção dos nutrientes importantes para a manutenção da vida.

A adaptação do novo órgão é a mais complexa que leva todos os profissionais da saúde envolvidos reunirem-se e traçarem o plano terapêutico para que não haja nenhum efeito adverso quanto a reabilitação deste. A minuciosa comunicação entre as equipes multidisciplinares norteará o bom resgate funcional e clínico do indivíduo.

Independentemente de qualquer tipo de transplante, o transplantado que opte pela prática de esporte deve ter em mente que tem fatores limitantes, principalmente cardiológicos, pois somente após uma avaliação do cardiologista este promissor atleta deverá dar início a prática esportiva supervisionada nos primeiros 12 meses.

Devemos salientar que a prática de esporte competitivo não é a melhor maneira de iniciar uma atividade física principalmente para os transplantados, visto que o esporte visa resultado e não necessariamente a qualidade de vida, porém nada os impede de pratica-las desde que este futuro atleta esteja adequadamente acompanhado e assegurado de todas as formas, levando em consideração todos os aspectos clínicos, morfológicos e estruturais.

LUCAS SAMPAIO – Fisioterapeuta pelo UNICEUMA, pôs graduado em reabilitação cardiovascular e em fisioterapia cardiorrespiratoria pelo IDPC (Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia).

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