Sendo uma das maiores glândulas do corpo humano, o Fígado é um órgão vital do Sistema Digestivo, responsável por uma série de funções metabólicas e principalmente no controle da glicemia. Pode ser acometido por algumas doenças causadoras de insuficiência hepática levando à falência do órgão e, posteriormente, ao transplante hepático.
A insuficiência hepática pode ser dividida em duas: aguda ou crônica. A primeira pode ser causada por: medicamentos, pelo vírus da Hepatite A (mais raro), Citomegalovírus, vírus de Epstein-Barr, vírus do Herpes simplex, vírus do Herpes humano tipo 6, Parvirus B19, vírus de Varicela Zoster e vírus que causam febre hemorrágica. Já na segunda, as causas mais comuns são: lesões hepáticas por álcool, Hepatite por vírus B ou C, Esteatose Hepática não alcoólica, esquistossomose, entre outras.
Como medida de restabelecer o quadro clínico de pacientes com Cirrose Hepática, que tenham uma expectativa de vida inferior a 20% ao final de 12 meses, independente da causa da doença, o transplante de fígado é a melhor indicação.
Existem duas formas de adquirir o órgão: através do doador cadáver ou pelo doador vivo. No doador cadáver são utilizadas técnicas que retiram o fígado por inteiro. Já o doador vivo (denominado intervivos) consiste em retirar uma ou mais partes do doador saudável para transplantar no receptor com insuficiência hepática terminal. Vale ressaltar que esse é um procedimento muito complexo, exige um trabalho minucioso da equipe cirúrgica devido à vascularização do órgão e os Ductos Biliares serem muito finos.
Logo no primeiro dia após o transplante hepático, torna-se imprescindível a prática de exercícios físicos, pois durante o tempo de espera o paciente sofreu com a diminuição da força muscular respiratória e da capacidade física. Esses fatores podem favorecer juntamente com a indução anestésica e a ventilação mecânica o desenvolvimento de infecções pulmonares no pós operatório. Todavia, tais exercícios físicos deverão ter o acompanhamento de uma equipe multidisciplinar (médico, fisioterapeuta, nutricionista, enfermeiro) que irá estabelecer um plano terapêutico para que o paciente compreenda os seus limites e saiba das variáveis clínicas que indicarão a sua progressão nas atividades físicas em um ambiente hospitalar.
Na alta hospitalar, é de extrema importância o transplantado realizar atividade física sob supervisão de um profissional especializado em sua reabilitação. Esse profissional, após exames, estabelecerá limites de segurança para prática do desporto.
LUCAS SAMPAIO – Fisioterapeuta pelo UNICEUMA, pós-graduado em reabilitação cardiovascular e em fisioterapia cardiorrespiratória pelo IDPC (Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia).
Nas fotos em sentido horário:
Laurinha de 7 anos (6 anos de tx),
Airton Andrade de 33 anos (6 anos de tx),
Irani Vieira de 33 anos (4 anos de tx),
Gabriela Noronha de 45 anos (6 anos de tx).
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