O transplante proporcionou-me vida. No ano de 1999 fui diagnosticada com insuficiência renal crônica terminal, foi o começo de um pesadelo e eu não tive forças para suportar e entrei em depressão. Foram anos de medo, angustia e sofrimento, aos poucos fui superando com o auxílio de Deus e da família.
Sufocava-me pensar na possibilidade de morrer e deixar minha filha que na época tinha apenas 1 ano de idade. Foram 10 anos de sobrevivência a base de dietas, medicamentos, exames, hemodiálise e a angustiante na fila de espera por um rim.
Em 2009 recebi a ligação telefônica mais esperada da minha vida, a enfermeira do setor de transplantes do Hospital Walter Cantídio anunciou que havia um rim a minha espera, quase morri de emoção. Então, dia 17 de maio de 2009, foi realizado o sonho do transplante.
Hoje, 10 anos transplantada, eu olho para trás e percebo que o transplante proporcionou-me vida abundante. Pude acompanhar o desenvolvimento da minha filha que hoje tem 21 anos, pude conquistar minha formação superior e através do meu conhecimento ajudar outras pessoas que hoje enfrentam o que eu enfrentei no início do tratamento.
Sou assistente Social, especialista em Política de Assistência Social. Voluntária da APREPI, Associação dos Pacientes Renais Crônicos do Estado do Piauí, desenvolvo projetos de incentivo à doação de órgãos e prevenção de doenças, além de lutar em defesa da garantia dos direitos dos trabalhadores e trabalhadoras que se encontram adoecidos e precisando de amparo do Estado.
Transplante é vida. Doe órgãos, Doe vida.
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