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DA DENGUE AO TRANSPLANTE CARDÍACO – Por Lisiane Maria



Sempre tive uma vida normal. Casei aos 18 anos, fui mãe aos 20 anos, tenho dois filhos lindos e um marido maravilhoso, uma família abençoada que sempre sonhei e que está ao meu lado em todos os momentos da minha vida.

Em 02/02/2016, minha vida transformou-se, iniciei com fortes dores abdominais, fadiga e falta de ar, peso nas pernas. No Pronto Atendimento, a médica solicitou-me um Ultrasson Abdominal. No dia 04/02/2016, acordei com muita dificuldade para respirar. Então, fui realizar o ultrasson, e o anjo médico orientou a procurar um cardiologista com urgência. No primeiro momento, fiquei confusa, porém, tranquila por confiar em Deus, sempre tive muita fé na minha vida, foi o que sustentou a minha provação.

À tarde fui ao meu segundo anjo médico cardiologista, Dr. Paulo Brandão. Após realizar exames, ele disse que eu precisaria de uma internação na UTI, pois meu coração não estava legal, precisaria de oxigênio e monitoramento. Fiquei 20 dias internada, meu coração estava com apenas 18% da sua capacidade. Após a realização de vários exames, fecharam meu diagnóstico: Miocardite Secundária à Dengue.
O vírus do mosquito havia acometido o miocárdio o que me levou à Insuficiência Cardíaca.

Essa doença foi me deixando fraca, cansada aos mínimos esforços, falta de ar, perda de peso, vômitos, dificuldade para dormir, além da restrição hídrica. Dia 10/08/2017, fui encaminhada para o Hospital das Clínicas de Minas Gerais para avaliação da Equipe de Transplante. Na avaliação os médicos logo disseram que para eu continuar viva precisaria de um transplante. No primeiro momento, senti-me insegura, mas a minha vontade de viver era maior do que todo o medo que me assombrava.

Entrei na fila nacional transplantes em 08/11/2017. Os médicos informaram-me que devido a minha gravidade eu não conseguiria esperar o coração em casa. A cada dia minhas forças físicas diminuíam, pentear os cabelos e tomar banho já eram tarefas difíceis de se realizar.

Dia 20/12/2017, fui à consulta e após exames a equipe decidiu internar-me. Iniciei com a medicação Dobutamina e entrei para a prioridade na fila nacional de transplante. Foram longos dias e longas noites, mas sempre com o sorriso de esperança.

No dia 28/12/2017, fui transferida para UTI, pois meu caso agravou-se e necessitava ficar novamente monitorada. Cada dia que passava era um dia vencido. Por fim meus rins começaram a falhar, iniciei a diálise em 03/01/2018.

Eu já não tinha forças para me alimentar, sentar, conversar, mas a minha mente estava muito ativa e confiante na Vitória.

Dia 17/01/18, os médicos decidiram entubar-me, já não possuía forças para respirar. Então, eles conversaram comigo e eu disse para Deus: “Tu sabes que a minha vontade é viver, mas sei a que tua vontade é maior que a minha, Senhor. Seja feita a tua vontade em minha Vida!”

Dia 18/01/18, ao acordar observo os médicos, ao meu redor, conversando sobre a possibilidade de colocar o balão. Então, a tão esperada ligação acontece, era a notícia do meu novo coração chegando para trazer-me de volta para minha família. Deus faz maravilhas na nossa vida! Lutar sempre, desistir jamais!

Gratidão eterna ao meu doador e à sua família que disse SIM e eu renasci, terão para sempre todo meu carinho, respeito e amor.

Hoje, realizo palestras como incentivo à Doação de Órgãos, o verdadeiro ato de amor ao próximo. Agradeço a Deus por tudo que passei, pois aprendi ainda mais o significado da palavrar AMOR.

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