Quando comecei a sentir os primeiros sintomas em 2008, jamais poderia imaginar que algo grave estaria acontecendo. Não sabia reconhecer os sinais que o corpo estava me dando, afinal eu nunca havia ficado doente antes, pensava ser apenas algo passageiro.
A minha desinformação somada a diagnóstico errado quase ceifaram minha vida, eu não fazia ideia do que estava acontecendo, mas sabia que não era algo simples.
Numa sexta-feira comum como tantas outras, recebi finalmente a informação que mudaria minha vida, naquele dia fui literalmente jogada nesse mundo da doença renal. As incertezas deram lugar ao medo, ao pânico, aos choros…nunca tinha ouvido falar sobre hemodiálise e acreditava que as pessoas morriam na fila do transplante.
O começo foi assustador, não tinha nenhuma perspectiva de futuro, mas eu costumo dizer que a fé e o amor de muitos me salvou. Sempre tive o apoio e a oração de muita gente e, quando saiu a confirmação de que precisava de um transplante, a minha família se dispôs a doar.
Entre os doadores minha irmã mais velha foi a escolhida, 100% de compatibilidade. Que bênção!
Ainda assim tive muito medo, pois eu não suportaria a ideia de um dia minha irmã passar o mesmo que eu, porém os médicos me explicaram que a doação é totalmente segura e a cirurgia seria feita se não houvesse nenhum risco ao doador.
Sendo assim, no dia em julho de 2009, eu renasci através de minha irmã.
O maior ato de amor que alguém fez por mim e eu agradeço essa dádiva todos os dias. O transplante me devolveu a esperança e o desejo de ter planos novamente.
Eu desejo de coração que todos que esperam por um órgão tenham a oportunidade de receber essa bênção.
A doação renova sonhos! Doe órgãos!