Meu nome é Clara, tenho apenas 3 meses de vida, mas já passei por muita coisa. Quando eu estava com dois meses minha avó percebeu que minha cabeça estava assimétrica e que minha moleira já estava fechando. Comecei a fazer visitas semanais ao pediatra para acompanhar o caso.
Em uma dessas visitas a pediatra observou que eu estava um pouco cansada e com secreção. Disse que eu estava com bronquiolite, orientou meu pai quanto ao tratamento e voltamos para casa. Na visita seguinte, a médica observou que eu já estava perdendo peso há duas semanas seguidas. Isso, já era um indício de que algo não estava indo bem.
Poucos dias depois eu não melhorava da bronquite, não me alimentava direito e passei uma noite inteira sem fazer xixi. Quando minha vó viu isso me levou ao pronto socorro onde fiz um RX. Nesse RX foi percebido uma alteração no lado esquerdo do meu coração. Ali, já fiquei internada, onde a preocupação principal já não era mais a bronquiolite.
Poucos dias depois, após fazer um ecocardiograma fui encaminhada para UTI, meu caso se agravou muito rapidamente.
Algumas hipóteses foram levantadas e todas muito assustadoras. Primeiro os médicos achavam que eu estivesse com Pompe (doença rara que inevitavelmente me levaria a óbito), depois pensaram que o vírus da bronquiolite tivesse atacado meu coração. Só após fazer uma ressonância magnética percebeu-se que a minha condição era uma cardiopatia congênita (miocárdio não compactado). Outra condição que também me levará a morte caso não consiga um doador para fazer um transplante.
Um SIM pode salvar a minha vida!
Avisa lá na sua casa que você é um doador de órgãos!
Juntos, vamos poder fazer o número de transplantes no Brasil crescer e assim, muitos e muitos bebês e crianças poderão ser salvos!
Texto escrito por Thiago Catunda, pai da Clarinha, que está em fila para transplante de coração.