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PRESSÃO ARTERIAL, SAÚDE E TRANSPLANTE – Por nutricionista Luísa Vargas

Da 17/05 foi dia de conscientização sobre a Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS), mais conhecida como pressão alta, que ocorre quando há elevação de pressão do sangue nas artérias para números acima dos valores considerados normais. A alteração anormal tanto da pressão sistólica (máxima) e a diastólica (mínima) pode causar lesões em diferentes órgãos do corpo humano, como cérebro, coração, rins e olhos. Dados do Ministério da Saúde nos mostram que cerca de 16,8 milhões de brasileiros sofrem de hipertensão. Essa doença é herdada dos pais na maioria dos casos, mas há vários fatores que influenciam nos níveis de pressão arterial, entre eles: fumo, consumo de bebidas alcoólicas, obesidade, stress, elevado consumo de sais, níveis altos de colesterol e falta de atividade física.

Quando falamos em transplante de órgãos, principalmente renal, os fatores relacionados à HAS são múltiplos e melhor entendidos do que na população geral. Além disso, as causas potencialmente “corrigíveis” são mais frequentes nesses pacientes. Porém, vale ressaltar que a atenção à alimentação precisa ser redobrada, tanto antes da cirurgia como após. Nestes casos o atendimento nutricional tem como objetivo identificar os hábitos alimentares inadequados e incorporar uma rotina mais saudável e prática para que o paciente consiga mantê-la, enfim, que seja sustentável. A dieta deve enfatizar o consumo de frutas, hortaliças e laticínios com baixo teor de gordura, incluir a ingestão de cereais integrais, carnes magras, frutas e oleaginosas.

Além disso, recomenda-se de forma geral evitar o uso do saleiro à mesa e a adição excessiva do sal aos alimentos durante a preparação da refeição, bem como evitar o consumo de embutidos (salsicha, presunto, salame, linguiça, mortadela, paio, calabresa, mortadela), temperos “instantâneos” (tanto para saladas quanto para preparo de outros alimentos, pois possuem grandes quantidades de sódio e gorduras, além de outros aditivos), conservas e enlatados (milho, azeitona, palmito, ervilha, patês), alimentos defumados (carne seca, bacalhau, toucinho), salgados (croquetes, coxinha, empada, esfiha, quibes, salgadinhos de pacote), molhos prontos industrializados (catchup, shoyo, mostarda, inglês), margarina e manteiga com sal, sopas industrializadas, temperos e molhos prontos, caldos de carne e alguns queijo como parmesão, roquefort, cheddar, provolone.

Uma boa opção para reduzir o consumo de sal é o preparo de tempero caseiro utilizando alho, este ingrediente oferece proteção cardiovascular decorrente de suas propriedades antioxidantes e hipocolesterolêmicas. Outra alternativa é o uso de ervas aromáticas que podem ser cultivadas em casa, como coentro, salsa, manjericão, orégano, tomilho, açafrão, cebola, cravo, folhas de louro, gengibre, hortelã, manjerona, sálvia e tempero verde.

Assim, é possível realçar o gosto dos alimentos e reduzir a quantidade de sal.
Veja abaixo uma receita para substituir o saleiro de sua cozinha:

1 colher (sopa) de manjericão;
1 colher (sopa) de orégano;
1 colher (chá) de raspas de limão;
1 colher (chá) de gengibre;
1 colher (sopa) de alho picado ou desidratado;
1 colher (sopa) de salsinha;
1 colher (chá) de páprica;
1 colher (chá) de açafrão/cúrcuma;
2 colheres (sopa) de sal marinho.

Modo de preparo: Utilize mixer ou processador para envolver todos os ingredientes e criar seu sal de ervas. O armazenamento deve ser feito em um recipiente fechado e em um local fresco e seco.

Feito isso, chegou a hora de colocar a mão na massa e fazer preparações saudáveis e com muito mais sabor.

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NUTRICIONISTA LUÍSA VARGAS – Nutricionista & Coach. Especialista em Atendimento Nutricional e Gastronomia. Pós graduada em Nutrição Clínica Funcional e Fitoterapia Coach Nutricional.

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