Transplantado pode fazer exercício? Após realizar o tão esperado transplante e ganhar a nossa segunda chance de viver, recebemos várias orientações quanto aos cuidados que teremos que ter para a boa manutenção de nossa saúde: de que forma tomar medicamentos, cuidados com alimentação, higiene, etc…
Uma das recomendações que tem ganhado ênfase nos últimos anos é a prática de exercícios físicos.
Dr Sadi Schio (cardiologista CRMRS 24880), integrante da equipe do transplante pulmonar da Santa Casa de Porto Alegre, reforça essa orientação, pois podemos obter inúmeros benefícios com essa prática.
A prática regular de atividade física é importante para melhorar a qualidade de vida e a disposição para realizar as atividade do dia-a-dia.
Os principais benefícios da atividade física são:
• Combater o excesso de peso;
• Melhorar a auto-estima e promover a sensação de bem-estar;
• Diminuir a depressão;
• Diminuir o estresse e o cansaço;
• Aumentar a disposição;
• Promover o fortalecimento do sistema imune;
• Melhorar a força e resistência muscular;
• Fortalecer ossos e articulações;
• Melhorar a postura;
• Diminuir a dor;
• Diminuir o risco de doenças cardiovasculares;
Como começar a prática de exercícios?
• É fundamental conversar com sua equipe médica e ter o aval da mesma!
• Antes de começar a praticar exercícios é importante que sejam feitos exames médicos para verificar as articulações e o funcionamento cardíaco. Principalmente no caso de pessoas sedentárias. Desta forma, o médico pode indicar se há algum exercício que não seja indicado, a intensidade ideal para a prática de exercícios e a necessidade da pessoa ser acompanhada por um educador físico ou fisioterapeuta, por exemplo.
Como é feita a escolha da atividade física adequada?
A escolha é feita individualmente, levando-se em conta os seguintes fatores:
• Preferência pessoal: o benefício da atividade só é conseguido com a prática regular da mesma e a continuidade depende do prazer que a pessoa sente em realizá-la. Assim, não adianta indicar uma atividade que a pessoa não se sinta bem praticando.
• Aptidão necessária: algumas atividades dependem de habilidades específicas. Para conseguir realizar atividades mais exigentes, a pessoa deve seguir um programa de condicionamento gradual, começando de atividades mais leves.
• Risco associado à atividade: alguns tipos de exercícios podem estar associados a algum tipo de lesão, em determinados indivíduos que já são predispostos.
• Procurar um profissional capacitado é muito importante para uma prática segura.
Como transplantada e educadora física, tenho visto a melhora significativa na qualidade de vida dos transplantados que praticam exercícios. Somos imunossuprimidos pela medicação e o exercício realizado de forma moderada melhora nossa imunidade e ameniza os efeitos colaterais de várias medicações. O corticóide, por exemplo, faz com que tenhamos tendências à osteoporose, dificuldade de ganho de massa magra e facilidade em ganhar gordura. O exercício é um forte aliado nesse aspecto.
TRANSPLANTADOS, FALEM COM SUA EQUIPE, PROCURE UM PROFISSIONAL CAPACITADO E EXERCITE-SE!
Liège Gautério, educadora física, transplantada unilateral de pulmão. CREF-RS017513
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