A missão do médico não está somente na cura, está também no conforto e no acolhimento ao paciente, esse é o maior ensinamento que o estudante pode ter e todos deveriam sair da faculdade com esse ensinamento no coração.
Meu nome é Pablo Py, sou cirurgião cardíaco, especialista em transplantes pelo INCOR e transplantado cardíaco há 16 anos. Trabalhar com transplantes tendo estado em ambos os lados – como médico e transplantado – é desafiador, impossível não se envolver, não se emocionar, não lembrar de todas as etapas que caminhei, de todas as lutas e vitórias alcançadas ao longo de todos esses anos.
Busco usar minha experiência para trazer o lado bom, mostrar que o trajeto é difícil e tortuoso para todos, mas existe a esperança, eu sou um exemplo que tudo pode dar certo. Sempre quis ser médico, mesmo com os planos adiados na fase mais difícil da doença, da espera e impotência que me afligiram em alguns momentos.
Acredito que temos um destino a seguir, tive o privilégio de poder buscar o meu e realizar-me em todos os sentidos. Se, na fila de espera somos expectadores, a medicina deu-me a oportunidae de sentir-me atuante, hoje eu posso ajudar. E não estou sozinho nessa outra luta, quero que mais pessoas tenham a chance de seguir a vida como eu! Você pode fazer parte disso, basta conversar com sua família e tornar a doação um assunto comum para todos.
Como médico e transplantado sei que são muitas pessoas envolvidas no processo da doação e cada um tem um papel essencial. Todos nós devemos fazer a nossa parte!
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