Meu nome é Rafael e tenho 21 anos. Aos meus 18 anos, comecei a passar muito mal. Meus pés estavam tão inchados que racharam. Eu não comia, meus rins estavam péssimos e eu piorava a cada dia. Depois de percorrer várias cidades em busca de um diagnóstico, em Blumenau disseram-me que eu estava com uma doença cardíaca e, devido ao alto risco de morte subita, iriam me internar para uma investigação. Depois de um mês e meio de exames, veio o diagnóstico: Miocadiopatia Dilatada.
Seria necessário um Transplante Cardíaco.
Entre internações, entrada na Fila Nacional de Transplante, consultas, desmaios e exames o tempo foi passando. Até que, no dia 30/07/2020, tive que me internar novamente. Meus rins estavam quase parando e eu cada vez mais inchado e andando com dificuldade. Entraram com uma medicação na veia 24 horas por dia. Permaneci com essa medicação até um dia antes do transplante, minha vida era mantida dessa forma.
Finalmente preenchi todos os requisitos para implantarem em mim um dispositivo que ajudaria o coração a bater, mas não aceitei. Algo me dizia que meu coração estava mais perto de chegar do que eu imaginava.
Dia 07/09/2020, recebi a feliz notícia que um coração compatível havia sido enocontrado. Meu coração encheu-se de alegria! Entrei na cirurgia às 10h e às 23h40 já estava desentubado e respirando por conta própria.
A chegada desse novo coração foi um sonho realizado, pois há muito tempo eu não tinha hábitos normais como antes da doença. Em menos de 10 dias, vi que minha vida voltava ao normal quando fui capaz de um simples subir de degraus. Com 18 dias de transplante, já andava pelos corredores do hospital em plena tranquilidade e sem medo de cansar-me.
A chegada do meu milagre trouxe-me a certeza de que há pessoas boas no mundo e que me deram a chance de viver novamente. Uma coisa eu sei: a doação de órgãos é o gesto de amor mais lindo que se pode dar ao próximo!